Os lares de idosos do sector privado poderão vir a ser financiados, segundo declarou a nova ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho, confirmando assim a informação dada às instituições que recebeu no dia 8 de Maio onde esclareceu não ter “uma visão estatizante” da actividade social.
Isto porque o governo quer “alargar o número de vagas comparticipadas nas respostas sociais” para a terceira idade que já estão no terreno (lares, centros de dia, apoio domiciliário) “não apenas no sector público e social” mas também “nas redes do sector privado”, – informou hoje o jornal Público (veja aqui: www.publico.pt
O encontro dos representantes do sector social serviu para apresentação de cumprimentos e troca das primeiras impressões e contou com a presença da secretária de Estado que se mostrou disponível “para estudar” a relação do Estado com o Sector Social.
As primeiras declarações públicas da ministra acabam por assinalar a abertura do Governo ao sector privado sem que se conheçam palavras da titular do Ministério sobre como encara a colaboração com o sector social.
Ficando assim por esclarecer como será feito o “estudo” necessário no sentido de avaliar as respostas dadas pelo sector social e as suas concomitantes responsabilidasdes, nomeadamente no enquadramento do pessoal afecto ao serviço comparado com a rresposta oferecida pelo sector privado.
Nas mesmas declarações a ministra referiu defender o “princípio da subsidariedade”, faltando saber agora se da disponibilidade do governo sai também a mesma exigência laboral e de qualidade de serviço aos privados semelhante àquela que as entidades sociais já prestam.
Assinalando-se a disponibilidade de Maria do Rosário Ramalho em actuar sem complexos ideológicos, os próximos dias mostrarão o que significa evitar a “estatização” e compatibilizar com a “privatização”, esperando-se o “desenho” que fará para o serviço social. Vai ser empolgante!
Por Arnaldo Meireles
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