A UBER SOCIAL à boleia das empresas sociais

O Governo do PSD prepara-se para lançar a “UBER SOCIAL” com o desenvolvimento das chamadas “empresas sociais” e isso poderá estar para ser garantido na futura lei de financiamento social – alertou Alfredo Cardoso, membro da direcção da CNIS numa intervenção interna do Partido Socialista realizada em Braga e promovida pela federação distrital do partido.

No debate, onde defendeu a necessidade de um PS orgânico, Alfredo Cardoso disse que o seu partido deve defender uma visão humanista da sociedade civil, de baixo para cima, ouvindo as preocupações de quem precisa e que são muito distintas das questões que brotam dos colóquios académicos dos “especialistas do partido”.

Relativamente ao que apelidou de UBER SOCIAL, o dirigente socialista da CNIS vinca que o desenvolvimento de empresas sociais será apresentado como uma questão de “igualdade de oportunidades” de mercado, aberto “aos utentes interessados” dentro de um regime de “escolha individual do utente.”

Mas até agora – acrescenta – ainda não se viu, da parte do partido do Governo e mesmo deste, nenhuma indicação que em regime concorrencial, como pretenderá a nova lei de financiamento, serão equivalentes as obrigações, nomeadamente em sede de regime mínimo de pessoal, qualificações do mesmo, qualidade de instalações e outras nomeadamente a questão de saber as relações com a Tutela em sede de inspecções e acompanhamento.

Será até curioso saber se as chamadas “empresas sociais” – alimentadas pelo capitalismo livre – estarão também elas sujeitas às duas tutelas em simultâneo: Segurança Social e Finanças.

VEJA a intervenção de Alfredo Cardoso na intimidade do PS

 

 

 

 

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