Hoje, em dia da República, completa um ano na direcção deste jornal o Alfredo Cardoso, dirigente social em Braga, morador em Barcelos.
A aventura em que nos metemos e os riscos que aceitamos correr aclaram a leitura que é preciso fazer nas negras nuvens do céu que nos vigiam por cima, nos boicotam por baixo e assim nos animam numa caminhada de esperança.
Esta caminhada tem-nos ensinado a encontrar e a tentar perceber sinais que nos chegam e nos permitem avaliar a saúde da democracia portuguesa, das suas organizações e a crença que os seus dirigentes mostram nos momentos de decisão.
Em 2019 criámos o “Sociedade Justa” com o lema que mantemos: Todos querem uma Sociedade Justa, Nós lutamos por ela!
E isto não é treta, nem estratégia de comunicação.
É uma opção pelos mais pobres – os antigos e de sempre e os mais recentes – que serve de paradigma para interpretar os acontecimentos e orientar as nossas opções editoriais sempre que é preciso escrever de novo para os nossos leitores.
Esta orientação editorial mantém-se e, felizmente, reforçou-se com a disponibilidade do Alfredo Cardoso em dirigir a nossa redacção.
As dores de cabeça que o meu diretor me coloca e as dores que me colocam outros pelas suas opções são uma turbulência criadora sempre resolvida da mesma maneira: optamos por quem precisa de proteção e que, pela evolução da sociedade consumista, se apresenta vulnerável
- no emprego ou falta dele
- na família ou falta dela
- na idade pela longa vida
- na solidão da multidão consumista
- na desesperança pela alegria merecida
- no banco de suplentes da economia de mercado.
Quisemos que a colaboração do Alfredo Cardoso começasse no dia da República. Todos precisamos de datas. E se esta não tem incenso basta-lhe a lei que todos regula e nos abraça numa cidadania comum. Mas isso não nos basta, por insuficiência natural.
A independência do “Sociedade Justa” radica aqui e será defendida na luta pelo sucesso da economia solidária como paradigma para o desenvolvimento político, social e económico do nosso país.
Todos diferentes mas todos iguais na luta que abraçamos na conquista de pequenos passos:
- a autonomia da sociedade civil frente ao Estado “protetor”
- o reforço das organizações intermédias na defesa da unidade do Estado
- o carinho pelos dirigentes sociais pela dedicação à sua comunidade local
E isto nos chega para a motivação diária de nos atrevermos a escrever em Portugal nos dias que correm.
Esta atividade de escrever foi muito perigosa, já foi menos perigosa e – sinal dos tempos – volta agora a ser atividade incómoda.
Suas Excelências, os detentores do poder, questionam a legitimidade de quem escreve numa ignorância primária de quem desconhece a lei de imprensa, 50 anos depois de Abril de 1974. Valha-nos Deus!
Os dias que estão a chegar
Respeitamos os “velhos do Restelo”, mas não vamos parar na informação de novos temas e abordagens. Os nossos leitores esperam de nós a informação necessária e atual. E investiremos o nosso tempo e a nossa alma nesta abordagem.
Arnaldo Meireles, proprietário de o “Sociedade Justa”
(meireles5157@gmail.com)
Todos querem uma sociedade justa. Nós lutamos por ela, Ajude-nos com a sua opinião. Se achar que merecemos o seu apoio ASSINE aqui a nossa publicação, decidindo o valor da sua contribuição anual.
