Guerra suja contra a CNIS

GUERRA SUJA CONTRA A CNIS – Hoje de manhã a primeira página do jornal Correio da Manhã publica um “exclusivo” – coisa que em matéria jornalística quer dizer “assunto inédito” e que só o jornal sabe – com vários anos  de atraso e com a curiosidade de o mesmo jornal bem como outros já terem publicado a mesma informação e que se refere à burla praticada pela direcção da Obra Diocesana de Promoção Social do Porto, instituição muito querida na cidade e que é promovida pela Diocese com apoio do Bispo.

Os ingredientes são os necessários para uma polémica perfeita, que sendo conhecida e inaceitável fez escola na obra durante a gestão da instituição pela “famosa equipa do BPN” que ninguém questionava apesar dos perfumes conhecidos justificarem apreensões. Sentarão o cú no mocho e que a justiça não seja leve: pelo crime praticado, pela imagem da instituição que denegriram e pelos efeitos que causam ainda hoje, como se vê, apesar de a instituição ter começado já a devolver verbas à Segurança Social.

A notícia de hoje do CM

O texto da notícia não sofre contestação dado que em si mesmo relata o que o mesmo jornal já publicara anos atrás, aproveitando – única novidade – para informar que o julgamento começa em Outubro deste ano.  Ora, não havendo notícia na notícia, ainda por cima com destaque de primeira página apresentado como “exclusivo”, importa referir a data da publicação – exactamente a altura em que a ministra da Segurança Social comunica a sua indisponibilidade para acompanhar as reivindicações da CNIS em matéria de aumento das comparticipações do Estado às IPSS para 2023/2024.

Pela primeira vez na história da cooperação, ainda por cima com um governo PS de maioria absoluta a “governar para todos”, as IPSS não conseguiram, até agora, o compromisso do poder em ocupar o espaço financeiro aberto pela crise estrutural em que o sector social se encontra.

Neste enquadramento, a “notícia” além de um frete ao Governo explica que este está disponível para encetar uma “guerra de imagem” contra a CNIS e contra o sector solidário até este aceitar o garrote entretanto desenhado e que aqui denunciamos em notícias passadas.

 VER https://sociedadejusta.pt/socialworkers/ministra-do-trabalho-insensivel/ 

VER https://sociedadejusta.pt/socialworkers/papa-na-serafina/

VER https://sociedadejusta.pt/socialworkers/concertacao-social/

A  reacção das instituições

A indisponibilidade do Governo para ver, perceber e aceitar a situação real das instituições assemelha-se à situação do “cego que não quer ver”, dada a imensidão de casos por todo o país que explicam a reivindicação do sector solidário. Além disso, explicou o sector a situação financeira das instituições com a publicação de um estudo da Universidade Católica apresentado no início do ano na sede da Associação Nacional de Municípios.

Esta insensibilidade real do Governo perante a situação, apesar do optimismo oficial socialista omnipresente e dos sorrisos de ocasião de quem ocupa o poder e distribui milhões, tem, até ao momento, a oposição das organizações representativas. Mas chegou a altura de as instituições filiadas começaram a arregaçar as mangas e desenhar uma grande maguito ao Governo enquanto este não ceder ao essencial e que já lhe foi comunicado em sede de negociação e informalmente a quem manda mas ainda não se pronunciou.

Se é certo que os gabinetes de comunicação do governo estão disponíveis para a guerra da lama na comunicação social contra a nossa instituições, também é certo que chegou a hora de dizermos que estamos cá, sem medo e disponíveis para lutar pela dignidade e autonomia das instituições mas sobretudo pela qualidade de vida das pessoas que acolhemos, das famílias que protegemos e dos trabalhadores que temos.

 

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