A preocupação pelos pobres – os novos e os clássicos – constitui uma preocupação do nosso jornal, No dia 19 de Agosto falamos deste assunto e no dia 21 de Setembro o nosso diretor tratou do tema em reflexão pessoal.
Não conhecíamos a agenda do Papa Leão XIV e acolhemos, com agrado, a sua Exortação que aqui noticiamos sublinhando que os pobres são o centro da Igreja.
A nossa preocupação pela vida digna de todas as pessoas marca o nosso jornal desde o seu início como podem comprovar quando publicámos uma série de artigos sobre o Salário Justo. Textos que poderá rever nos links abaixo indicados.

Reacções dos nossos leitores
A Incomodidade do texto livre
Sem crivos e hermenêuticas informámos o conteúdo da Exortação num resumo claro e objetivo por considerarmos que o texto agora publicado pelo Vaticano não necessita de visto prévio de ninguém nem a sua complexidade mereces cócegas editoriais que apelem à interpretação de qualquer autoridade.
Qual é a diferença com uma encíclica?
Embora a exortação apostólica seja semelhante a uma encíclica “no seu espírito e nos seus destinatários” os dois textos pontifícios diferem em certos níveis.
A encíclica é uma carta solene do Papa dirigida a toda a Igreja Católica: bispos, clero e fiéis. Ela tem valor didático e pode abordar um ponto de doutrina.
Quanto à exortação apostólica, ela é fruto de um esforço coletivo – o Papa assina-a após consulta ao colégio episcopal, na maioria das vezes por meio do Sínodo dos Bispos – e é dirigida diretamente aos fiéis, com uma dimensão mais pastoral e prática.
Além disso, os dois textos não têm exatamente o mesmo papel, sendo a encíclica o segundo texto papal mais importante, depois da constituição apostólica – usada, por exemplo, para promulgar novos dogmas – seguida pela exortação apostólica, pela carta apostólica e pela mensagem papal. No entanto, ambos os textos têm a mesma autoridade, pois estão sob o Magistério extraordinário do papa.
O Salário Justo na Memória da Igreja
Estas ligações são interessantes para quem quer conhecer a história social, política e religiosa através de mundividências que se adaptam de acordo com os sinais dos tempos.
São mesmo documentos de difícil “digestão” dado que nos exigem que os situemos na época em que foram publicados. Mas é aí que têm interesse e por isso devem ser tidos em conta.
Uma leitura atenta e sobretudo despida de preconceitos ideológicos vai permitir aos nossos leitores encontrar expressões, conceitos e tendências que hoje em dia seriam um maná de esperança para quem da voz pública faz profissão e precisa de inspiração.
Da nossa parte regressamos muitas vezes a eles – são referência essencial para quem luta por um mundo novo. E o Papa Leão XIV deu-nos o seu primeiro contributo para centrarmos a nossa atenção essencial em quem precisa de nós, na luta e perseverança por ideias que não têm fim.
Por Arnaldo Meireles
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