Iniciam-se esta semana as primeiras reuniões preparatórias do protocolo de colaboração entre o governo e os representantes das IPSS portuguesas que se traduz na definição de financiamento das diversas valências, no que à comparticipação do Estado diz respeito.
Trata-se de um documento estratégico dado que define o modelo de “negócio” das instituições pois desta contribuição estatal depende a estabilidade das organizações sociais. No apoio às IPSS o Estado atribui um valor por valência tendo em conta o serviço comunitário prestado.
Recordamos que no início de 2023, a CNIS apresentou em Coimbra, na sede da ANMP, um estudo onde reflectia a situação financeiras das instituições analisadas e que traçava um cenário de preocupação sobretudo dado o número crescente de instituições em falência técnica não por má gestão mas por serem fiéis aos princípios da sua origem que os leva a acolher utentes sem possibilidade económica de suportar o custo mensal.
Acresce a isto o aumento das condições estruturais de funcionamento (basta analisar o aumento do preço da energia e do cabaz alimentar via taxa de inflação), bem como a crescente reivindicação dos trabalhadores sociais que pedem melhorias salariais.
É neste cenário que arrancam as negociações não se conhecendo para já as expecativas dos negociadores da CNIS ou da União das Misericórdias. De acordo com o decorrer dos trabalhos e na sequência da informação disponibilizada daremos notícia aos nossos leitores.
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Foto: in https://solidariedade.pt/site/detalhe/14562
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